A Comissão Organizadora do 36º ENEPe saúda a todos os estudantes de pedagogia do Brasil e em especial aos que se fizeram presente em nosso Encontro, assim como os que não puderam vir mas colaboraram com a construção deste em meio às sabotagens e ações nefastas do oportunismo. Além das dificuldades em conseguir ônibus e ajuda de custos das universidades devido aos ataques que estas vem sofrendo assim como toda educação pública e serviços que se destinam ao povo.
Todos sabem o quanto foi difícil realizar este evento, pois além do já exposto, há uma peculiaridade do nosso estado. A UNIR não é uma das grandes universidades do país, tampouco nosso estado é um dos mais ricos e não estamos no centro da vida financeira nacional. Ao contrário, Rondônia é um estado que expressa a semifeudalidade do Brasil devido a sua altíssima concentração de terra e o açambarcamento destas pelo latifúndio para especulação ou para usos nocivos para a população como, em geral, se dá com a produção de commodities para exportação sem qualquer beneficiamento. Nossa universidade carece de estrutura e as condições para a realização do encontro são mais difíceis.
Mas não digam que os estudantes de pedagogia votaram em nossa proposta enganados, votaram sabendo das dificuldades, votaram, inclusive por causa das dificuldades. Os estudantes de pedagogia quiseram levar o encontro para a Amazônia, ousaram discutir a educação dos povos do interior, os mais necessitados e esquecidos. Porém, mil vezes comprovadamente combativos e revolucionários lembremos da greve da UNIR de 2011 e como foi cabalmente comprovado pelo trabalho da Comissão Organizadora.
O Encontro contou com a presença de estudantes de todo país e especialmente da região norte. Foi a primeira vez que o ENEPe contou com uma delegação do Acre, estiveram presentes estudantes do interior de Rondônia e do Amazonas, um feito notável. Cumprimos com todas as exigências do FONEPe de Vitória da Conquista – BA. Aliás, o fato de termos feito uma reunião presencial no FONEPe, abrindo a orçamento, bem como a pauta da programação acatando todas alterações propostas, mostra a nossa opção pela democracia no movimento estudantil de pedagogia, fora as reuniões virtuais e reuniões semanais da Comissão Organizadora realizadas no campus da UNIR. Toda programação foi respeitada e em especial as atividades de trabalho científico.
Notavelmente nesse Encontro a participação do público foi enorme. É comum nos encontros que uma parcela dos presentes não participe plenamente do evento. Dessa vez, no entanto, o que constatamos foi a massiva participação dos estudantes. Todas as mesas de debate, grupos de discussão, atividades culturais e trabalho de campo foram um sucesso.
No tocante ao conteúdo das discussões, seguramente o 36º ENEPe entra para história pela qualidade e profundidade dos debates. Debatemos com muito afinco todos os temas propostos, situação política com grande decisão pela revolução, o verdadeiro papel do imperialismo em ditar o ensino no nosso país e dos gerentes de turno em aplicar os pacotes anti-povo, o processo de privatização do ensino e a sangrenta luta pela terra no Brasil e em especial em Rondônia e a educação do campo, luta que ganhou o apoio do 36º ENEPe por meio de declarações no ato público e a aprovação de uma nota de apoio.
Nosso trabalho de campo deu noção prática do problema agrário em nosso país, um verdadeiro cala boca a todos os que insistem em dizer que não existe mais campesinato, luta pela terra e pior, atacam e criminalizam os que apoiam essa bandeira. Visitamos uma área ribeirinha, principal atingida pela grande cheia do Rio Madeira de 2014 e construção da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, povo que está sofrendo com a implantação do Ensino Médio a Distância e combatendo todos esses ataques. Fomos também ao acampamento Jhonne Santos de Oliveiras em Ji-paraná, que tem sido exemplo de combatividade e decisão pela revolução agrária e destruição do latifúndio. Nesse mesmo dia em Seringueiras (RO), 300 policiais atacaram o acampamento Enilson Ribeiro, com viaturas e helicópteros dando rajadas de metralhadoras contra os camponeses.
Quanto as críticas sobre a não votação do estatuto, a comissão organizadora apenas dirigiu a plenária, foi posicionamento praticamente unanime dos estudantes em votar o estatuto em 2017 partindo da relatoria do grupo de discussão do Estatuto do 36º ENEPe. A comissão organizadora não tinha nenhum problema em discutir o estatuto, tanto é que ele foi sistematizado a tempo da plenária final(em anexo)*, o qual encaminharemos para ExNEPe a fim que se prossiga a discussão. No entanto, entendemos que a maior afronta a democracia seria a discussão de algo tão caro como a votação do Estatuto da Executiva Nacional com um punhado de estudantes. Fazer uma discussão formal sobre o Estatuto seria injusto com os colegas que participaram dos grupos de discussão e que queriam realmente discutir o Estatuto com seriedade. A plenária final de nosso Encontro já encaminhava para as 22 horas, todos estavam muito cansados e principalmente, muitas delegações iam embora após esse horário. O encerramento da plenária final naquele momento não foi uma proposta da Comissão Organizadora, sequer da mesa por ela indicada. A proposta de encerramento da plenária partiu da base dos estudantes e foi por eles decidido por ampla maioria. Se a condição concreta não convenceu alguns, convenceu a grande maioria, portanto, não venham com acusações infundadas e respeitem a decisão da maioria como um princípio democrático.
Temos certeza, assim, que cumprimos com o desejo dos que nos elegeram, de fortalecer o MEPe nacionalmente, varrer e neutralizar os pelegos que comprovadamente são a camisa de força do movimento estudantil brasileiro, proporcionar um espaço para um debate necessário e condizente com a realidade econômica e política atualmente assim como reafirmar o caráter de combatividade, independência do MEPE. Primamos pela qualidade dos espaços de discussão e exposição das produções científicas. Coerente com a nossa posição de defesa da ciência.
VIVA O COMBATIVO MOVIMENTO ESTUDANTIL DE PEDAGOGIA!
TODOS PARA O 37º ENEPE NO VALE DO SÃO FRANCISCO
Todos sabem o quanto foi difícil realizar este evento, pois além do já exposto, há uma peculiaridade do nosso estado. A UNIR não é uma das grandes universidades do país, tampouco nosso estado é um dos mais ricos e não estamos no centro da vida financeira nacional. Ao contrário, Rondônia é um estado que expressa a semifeudalidade do Brasil devido a sua altíssima concentração de terra e o açambarcamento destas pelo latifúndio para especulação ou para usos nocivos para a população como, em geral, se dá com a produção de commodities para exportação sem qualquer beneficiamento. Nossa universidade carece de estrutura e as condições para a realização do encontro são mais difíceis.
Mas não digam que os estudantes de pedagogia votaram em nossa proposta enganados, votaram sabendo das dificuldades, votaram, inclusive por causa das dificuldades. Os estudantes de pedagogia quiseram levar o encontro para a Amazônia, ousaram discutir a educação dos povos do interior, os mais necessitados e esquecidos. Porém, mil vezes comprovadamente combativos e revolucionários lembremos da greve da UNIR de 2011 e como foi cabalmente comprovado pelo trabalho da Comissão Organizadora.
O Encontro contou com a presença de estudantes de todo país e especialmente da região norte. Foi a primeira vez que o ENEPe contou com uma delegação do Acre, estiveram presentes estudantes do interior de Rondônia e do Amazonas, um feito notável. Cumprimos com todas as exigências do FONEPe de Vitória da Conquista – BA. Aliás, o fato de termos feito uma reunião presencial no FONEPe, abrindo a orçamento, bem como a pauta da programação acatando todas alterações propostas, mostra a nossa opção pela democracia no movimento estudantil de pedagogia, fora as reuniões virtuais e reuniões semanais da Comissão Organizadora realizadas no campus da UNIR. Toda programação foi respeitada e em especial as atividades de trabalho científico.
Notavelmente nesse Encontro a participação do público foi enorme. É comum nos encontros que uma parcela dos presentes não participe plenamente do evento. Dessa vez, no entanto, o que constatamos foi a massiva participação dos estudantes. Todas as mesas de debate, grupos de discussão, atividades culturais e trabalho de campo foram um sucesso.
No tocante ao conteúdo das discussões, seguramente o 36º ENEPe entra para história pela qualidade e profundidade dos debates. Debatemos com muito afinco todos os temas propostos, situação política com grande decisão pela revolução, o verdadeiro papel do imperialismo em ditar o ensino no nosso país e dos gerentes de turno em aplicar os pacotes anti-povo, o processo de privatização do ensino e a sangrenta luta pela terra no Brasil e em especial em Rondônia e a educação do campo, luta que ganhou o apoio do 36º ENEPe por meio de declarações no ato público e a aprovação de uma nota de apoio.
Nosso trabalho de campo deu noção prática do problema agrário em nosso país, um verdadeiro cala boca a todos os que insistem em dizer que não existe mais campesinato, luta pela terra e pior, atacam e criminalizam os que apoiam essa bandeira. Visitamos uma área ribeirinha, principal atingida pela grande cheia do Rio Madeira de 2014 e construção da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, povo que está sofrendo com a implantação do Ensino Médio a Distância e combatendo todos esses ataques. Fomos também ao acampamento Jhonne Santos de Oliveiras em Ji-paraná, que tem sido exemplo de combatividade e decisão pela revolução agrária e destruição do latifúndio. Nesse mesmo dia em Seringueiras (RO), 300 policiais atacaram o acampamento Enilson Ribeiro, com viaturas e helicópteros dando rajadas de metralhadoras contra os camponeses.
Quanto as críticas sobre a não votação do estatuto, a comissão organizadora apenas dirigiu a plenária, foi posicionamento praticamente unanime dos estudantes em votar o estatuto em 2017 partindo da relatoria do grupo de discussão do Estatuto do 36º ENEPe. A comissão organizadora não tinha nenhum problema em discutir o estatuto, tanto é que ele foi sistematizado a tempo da plenária final(em anexo)*, o qual encaminharemos para ExNEPe a fim que se prossiga a discussão. No entanto, entendemos que a maior afronta a democracia seria a discussão de algo tão caro como a votação do Estatuto da Executiva Nacional com um punhado de estudantes. Fazer uma discussão formal sobre o Estatuto seria injusto com os colegas que participaram dos grupos de discussão e que queriam realmente discutir o Estatuto com seriedade. A plenária final de nosso Encontro já encaminhava para as 22 horas, todos estavam muito cansados e principalmente, muitas delegações iam embora após esse horário. O encerramento da plenária final naquele momento não foi uma proposta da Comissão Organizadora, sequer da mesa por ela indicada. A proposta de encerramento da plenária partiu da base dos estudantes e foi por eles decidido por ampla maioria. Se a condição concreta não convenceu alguns, convenceu a grande maioria, portanto, não venham com acusações infundadas e respeitem a decisão da maioria como um princípio democrático.
Temos certeza, assim, que cumprimos com o desejo dos que nos elegeram, de fortalecer o MEPe nacionalmente, varrer e neutralizar os pelegos que comprovadamente são a camisa de força do movimento estudantil brasileiro, proporcionar um espaço para um debate necessário e condizente com a realidade econômica e política atualmente assim como reafirmar o caráter de combatividade, independência do MEPE. Primamos pela qualidade dos espaços de discussão e exposição das produções científicas. Coerente com a nossa posição de defesa da ciência.
VIVA O COMBATIVO MOVIMENTO ESTUDANTIL DE PEDAGOGIA!
TODOS PARA O 37º ENEPE NO VALE DO SÃO FRANCISCO
Nota de avaliação da comissão organizadora do 36º enepe em porto velho |
* Em breve colocaremos novamente a sistematização dos GD's. Estava faltando uma parte e já estamos corrigindo.